Neste fim de semana estava lendo a Revista Exame. A capa tem uma chamada enorme com o logo do Google (edição 915). A jovem jornalista Larissa Santana, diretamente de Montain View, relatou como é o dia a dia de uma empresa que conforme a revista é uma empresa do século 21.
“Como pessoas, empresas têm personalidade, que pode ser forte e marcante ou fraca e apagada. Uma companhia pode ter alma de líder. Ou espírito de seguidor. Pode gerar o amálgama que que junta pessoas em torno de um objetivo maior. Ou pode ser um agrupamento de gente em busca do salário nosso de cada mês.” Editorial de Cláudia Vassalo
O texto está excelente, e para quem já conhece práticas ágeis, dá pra ver que a cultura Google é encharcada de conceitos ágeis.
“Lá eles são livres.”
É interessante notar que muitas das empresas que conhecemos hoje estão tendo sucesso por possuirem uma cultura empresarial forte. Gigantes como o Google, Microsoft, IBM e outras tentam continuamente se reinventar. No caso do Google, no artigo, é interessante como na entrevista com Eric Schmidt transpareceu que talvez a cultura empresarial é mais importante que crescer desorganizadamente ou só visar o lucro a qualquer preço.
“Manter a cultura do Google enquanto a empresa cresce é uma das nossas maiores prioridades. Seguimos a filosofia de agrupar os funcionários em pequenos grupos, e vamos continuar a organizar a empresa dessa maneira. É um modelo que tem sido crítico para nosso sucesso” Eric Schmidt
Na mesma edição da revista há uma matéria chamada “Choque de Pragmatismo”, sobre o plano de recuperação da Light. É interessante também ler o texto sob uma perspectiva ágil. Foco em objetivos e a busca por atalhos mais simples para obter sucesso foram marcantes para a solução dos problemas.
Cultura empresarial não é algo que nasce do dia para noite e nem mesmo através de imposição. Poucas das empresas que tive contato aqui no Brasil demonstraram uma cultura social marcante e empolgante (infelizmente). Criar uma cultura empresarial inicia por parte dos líderes que demonstram valores claros, e nesse sentido, todas essas empresas que possuem cultura bem formada seguem o primeiro valor ágil que é valorizar as pessoas.
Por outro lado, as pessoas, as equipes devem demonstrar iniciativa e auxiliar a formação de uma boa cultura empresarial. A comunicação participativa pode ser uma parte importante de uma boa cultura empresarial. É importante ressaltar que todas as empresas possuem uma cultura. A questão é: Ela é boa ou é ruim? Como é a cultura empresarial da sua empresa? O que pode ser feito para melhorá-la?
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Rodrigo:
Muito pertinente essa entrada do blog. Sobre a questão
“ela é boa ou ruim ?”, acho que podemos perguntar
se “ela é boa ou ruim para você ?”.
Cada pessoa lida com a cultura da empresa de maneira
diferente. A cultura pode ser excelente para alguns
colaboradores e péssima para outros. Não acredito em
absolutos.
Outra coisa: o link para a outra entrada do blog
(muito boa, por sinal) está quebrado. O certo é
http://blog.aspercom.com.br/2008/05/27/nao-jogue-dinheiro-fora-com-melhoria-de-processos/
[]s
Valeu Jorge! Corrigido…