Foto: “Novo cartão postal de São Paulo” – Andréa Barbour
Dia 17 de Junho tive a excelente oportunidade de me juntar a centenas de milhares de pessoas em São Paulo para protestar contra quase tudo que temos de errado nesse nosso país. Foi um momento para constar nos livros de história. Não se iluda, apesar do movimento ser organizado pela MPL os protestos ganharam repercussão e amplitude nacional principalmente por duas razões: a desastrada ação da polícia (e do governo) e as redes sociais. Sim, eu acredito que se não houvesse repreensão policial violenta e se não houvesse redes sociais mostrando vídeos nus e crus dessas ações o 17 de Junho não teria acontecido. Eu particularmente jamais iria me engajar a me manifestar se não fosse esses dois fatores.
Contando um breve relato sobre a passeata, cheguei no Largo da Batata em Pinheiros às 17:15. Já havia um grupo grande de pessoas por lá. Na maioria jovens entre 20 a 40 anos. Eu nunca havia participado de uma manifestação assim antes e fiquei impressionado como os participantes eram pessoas comuns. Sempre vi manifestantes como um bando de anarquistas frenéticos, mas não, chegando em Pinheiros pensei comigo mesmo: “Que bando de nerds! Se a Tropa de Choque organizar uma partida de futebol com os manifestantes terá mais feridos que usando balas de borracha” – foi maldade da minha parte pensar isso, mas é algo que resume as pessoas que vi na manifestação.
Encontrei com dois amigos, o Rodolpho Ugolini e o Ricardo Grego, e juntos seguimos pela Faria Lima acompanhado de milhares de pessoas. Foram momentos que lavamos nossa alma cívica! Não há dúvidas que é emocionante. Eu realmente recomendo que você participe de uma manifestação assim. Pode não mudar o país, mas muda você! Há uma tensão por medo do confronto com a polícia e também há um profundo senso de cidadania, de fazer o certo. Por todo o caminho gritamos e cantamos mensagens de ordem, de insatisfação. Chamávamos as pessoas dos prédios para se engajar na passeada. Foi lindo. Todo tempo o grupo reforçou que era um movimento apartidário – qualquer manifestante que subisse uma bandeira de partido era fortemente repreendido. A manifestação era contra a Copa, contra a corrupção, contra a PEC37, contra o descaso com a saúde e a educação e também contra o aumento da tarifa dos transportes públicos. Eu realmente acredito que havia muito mais que 65 mil pessoas ali, contrariando uma pesquisa muito duvidosa divulgada pela mídia. O caminho que percorri, do Largo da Batata até o Morumbi Shopping tinha mais de 7 Km. Por todo o caminho – Faria Lima, JK, Funchal, Berrini, Marginal Pinheiros e Ponte Estaiada – tudo estava tomado por manifestantes. Como exemplo, já estive em estádios de futebol com 80 mil pessoas e acho fácil naquela segunda-feira histórica ter mais de 3 estádios cheios passeando pelas ruas da Zona Sul, sem contar os grupos que estavam no Palácio do Governo, na Paulista, na Consolação e na 23 de Maio que nem cheguei a ver.
Por todo o caminho o povo gritava “Que coincidência, não tem polícia, não tem violência!” – e era verdade – por todo o caminho só vi policiais no Largo da Batata, bem no início. No resto do trajeto, das 17:15 até as 23:30, não vi policial algum. Fora os manifestantes mais radicais que tentaram invadir o Palácio, por todo caminho foi uma manifestação pacífica. Eu estava pronto pra um possível embate com policiais, mas tudo correu muito bem. A maior violência em toda a manifestação foi a recomendação de sexo anal por parte da multidão à rede Globo, aos partidos e a alguns políticos, incluindo a nossa presidente.
A crítica que surgiu, além da violência de alguns grupos extremados, é a falta de propósito e liderança do movimento. Os protestos por todo o Brasil são heterogêneos. Há muita coisa errada e muita coisa para mudar, mas, sem uma concordância entre os envolvidos sobre o que mudar, fica difícil mudar! Sou consultor e meu trabalho muitas vezes é melhorar empresas. Comumente encontro situações parecidas onde pessoas, departamentos ou a liderança querem mudanças diferentes, e assim, há pouca coesão e concordância sobre o que mudar. Felizmente a ciência pode nos ajudar a lidar com essa situação usando a razão e não a emoção.
A Teoria de Sistemas e o Pensamento Sistêmico (Systems Thinking) nos diz que quando há diferentes elementos interagindo entre si com um propósito nós temos um Sistema Complexo. O Sistema que temos em mãos hoje tem o povo extremamente descontente e o governo. Há 15 dias atrás a forma como esses dois elementos se relacionavam era muito simples: o povo votava, pagava os impostos e se comportava e o governo se elegia e fazia o que quisesse. Esse Sistema estava feliz e contente até que um elemento (o povo) chegou a um limite no seu estoque de insatisfação e a válvula de escape são as manifestações. Veja sua timeline hoje no Facebook e você verá pessoas na sua maioria satisfeitas com os protestos. Os protestos são a válvula de escape de um “estoque de insatisfação”. O problema é que esse estoque estava alto demais e vai demorar para esvaziar. Assim, nesse sistema, a forma como o povo e o governo se relacionam mudou. Hoje o povo se manifesta, ganhou a atenção da mídia no mundo todo e o governo tem que responder à essa demanda. Note que os elementos do Sistema não mudaram, mas mudou a forma como eles se relacionam, e isso mudou o sistema.
Uma das coisas que chamam a atenção quando estudamos Systems Thinking (um bom início é o livro de Donella Meadows) é a definição sobre o que é o propósito de um Sistema. O propósito de um Sistema é definido através do resultado observado do Sistema e não através da meta do Sistema. Sabemos que a meta do governo é trazer saúde, paz e educação para sua população, porém, não é isso que realmente observamos no Sistema governo no Brasil. O que vemos hoje é uma “fábrica de leis, propostas e projetos inúteis”. O propósito do governo hoje é voltado aos seus próprios interesses. O povo é um mero coadjuvante, é só um meio para que o Sistema governo e seus elementos internos se relacionem e se organizem em volta desse propósito pouco nobre.
Hoje o Sistema povo-governo está em um estado caótico (veja o Cynefin Framework) em busca de um propósito. A relação entre o povo e o governo mudou, as demandas do povo são heterogêneas e não temos qualquer resposta ou ação de qualquer governante ou oposição. É alarmante a demora do governo em se posicionar sobre algo. Queria ser uma mosquinha para saber o que a Dilma está pensando agora. Na natureza (biologia, química e física) o estado caótico de sustenta somente por um curto espaço de tempo. Em sistemas onde seres humanos atuam o caos pode se estender por mais tempo, mas todo sistema busca se estabilizar. Note que o caos em Sistemas Complexos não significa necessariamente “caos” como se diz popularmente. Assim como acontece em alguns países em Guerra Civil (temos exemplos na África), o sistema pode se estabilizar em um estado de guerra. Como exemplo, um governo atacando guerrilheiros e estes respondendo à altura, de acordo com a Teoria de Sistemas, é um sistema estável – sei que isso tem implicações emocionais enormes. Do caos em sistemas costuma emergir novas políticas e relacionamentos que tendem a estabilizar o sistema. Não é do interesse do brasileiro que as manifestações perdurem por 10 anos. Não é de interesse do Governo também que isso aconteça. O que vai estabilizar o sistema são novas políticas e formas do sistema povo-governo se relacionar, gerando conforto para os dois lados.
O problema hoje é o que vai emergir. Hoje as demandas são heterogêneas e a inércia do Governo é explicada com isso. Se o foco TODO fosse Renan Calheiros, Mensaleiros, PEC37, Cura Gay, 20 centavos essas coisas já teriam caído. É benéfico para o governo a dispersão ideológica. Como exemplo, há quem se manifeste contra a corrupção e vaie a Dilma. Amigo, entenda uma coisa: o sistema governo é um Sistema Complexo. Acredite, a Dilma é vítima desse sistema. Pedir para Dilma para acabar com a corrupção é tão idiota quanto pedir para o botão da máquina de lavar para que ele tire as manchas das roupas. Se um dos propósitos do sistema hoje é gerar corrupção, você não se foca na corrupção em si, mas sim, no Sistema, nos elementos e relacionamentos que governam esse comportamento.
Digamos que o povo em um conjunto de manifestações que se estenda até 2014, acabem com a Copa, derrubem o Renan Calheiros, coloque os mensaleiros na cadeia, derrubem a PEC 37 e 33, consigam os 20 centavos, qual seria o benefício? Mesmo que nas eleições de 2014 haja uma limpeza histórica do Congresso e ninguém se reeleja, do que isso valeria? Essa “limpeza” já ocorreu na Prefeitura de São Paulo em 2000. Você acha que mudar os elementos do sistema mantendo-se as mesmas regras muda o propósito do sistema? Melhorou alguma coisa significativa a partir de 2000 em São Paulo? Acredito que não.
Como enfrento esse tipo de problema nos meus trabalhos como consultor, tentando melhorar empresas, quando vejo o Sistema governo, sei que trocar os elementos mantendo-se as mesmas regras, nada significativo melhora. O que vou falar agora pode ter um impacto emocional enorme em você: combater as PECs, os 20 centavos, os mensaleiros, infelizmente, é tentar remediar os sintomas e não a doença. O sistema deve ser auto-imune: à prova de corrupção e à prova de leis idiotas. Há quem diga que o problema é a falta de educação do povo. Discordo. O sistema deveria auto-promover a educação, saúde, transportes e etc… Bons resultados sociais são uma consequência de um bom “Sistema Governo”. Se você tem uma “fábrica de leis e projetos ruins” você não resolve o problema combatendo as leis e projetos ruins. O sistema tem que mudar. O fato contra-intuitivo de se lidar com sistemas complexos é que combater os sintomas (as leis idiotas) e tentar mudar os elementos (os governantes) são mudanças inócuas e não alavancam absolutamente nada. Talvez lutar contra os sintomas deixe o povo só um pouco mais confortável emocionalmente, mas, em pouco tempo, outras leis idiotas surgem com outros governantes.
Há quem diga que o que é necessário é uma população mais ativa na política, que o povo tem que cobrar os seus governantes, e assim dizem “você sabe em quem votou nas últimas eleições?”. Essa é uma pergunta idiota. O sistema eleitoral brasileiro não elege quem é mais votado. O Tiririca com mais de um milhão de votos elegeu 4 parlamentares a reboque. Sabe quem eles são? Quem votou no Tiririca deveria cobrar esses 4 também?
Vocês devem estar se perguntando: o que mudaria o sistema? Há algumas alternativas para isso. Se eu pudesse convergir as manifestações para três pontos chave eles seriam:
1. Voto Distrital
2. Voto Facultativo
3. Transparência nas votações
Essas três novas políticas poderiam de fato mudar as coisas no Brasil. O sistema eleitoral atual afasta o governante do eleitor, gera campanhas caras e com financiamento duvidoso. Você cobrando seu representante no congresso e uma empreiteira pagando a campanha, quem tem mais apelo? O sistema eleitoral atual envolve pessoas desinteressadas e traz outras diversas disfunções. Dizem que o povo deveria se envolver mais com as decisões do plenário, mas como se coisas importantes são voto fechado?
Note que como bom conhecedor de sistemas complexos essas minhas prescrições não são liquidas e certas. São experimentos. Deveríamos lutar para que novas políticas atuassem no sistema, e com isso, observar se o sistema melhorou, se projetos melhores emergiram, se realmente o povo está sendo bem representado e atendido. Combater os sintomas ao invés de reformar não tem resultados válidos.
Obrigado pela boa leitura.
Ótimo texto explicando Sistemas Complexos. Mas, infelizmente o paralelo de ações de melhoria que você sugere (e que diz muito bem serem hipóteses) não mudariam muito. Não sei o quanto você já esteve próximo a partidos, vida política e políticos. Mas pra quem se envolve um pouco mais sabe que é ineficaz a suas propostas. Podemos bater um papo no AB ou Caipira. []s
“o paralelo de ações de melhoria que você sugere não mudariam muito” – Rafa, isso é futurologia. Não tem como sabermos o que mudaria. Qual outra alavancagem você sugeriria? Por que voto facultativo seria ruim como exemplo?
Oi Yosha. Concordo com vocês, muito é futurologia. O voto facultativo vai favorecer engajamento, e hoje os mais engajados são os movimentos partidários. Os mesmo seriam eleitos, apenas com menos votos.
Grande parte das pessoas não querem votar para estarem isentos de culpas caso haja problemas. Isso fortalece movimento partidários. Em cidades pequenas como a que moro, isso fica bem claro.
Hoje, com dois mandatos de vereador, um político já pode se aposentar. A máquina oferece muitos subsídios e facilidades e atrai poucos e com fins escusos. O próprio crescimento dentro do partido já separa o joio do trigo e favorece o joio.
Aumentando e dando mais transparência sobre a responsabilidade dos cargos políticos, diminuindo subsídios e facilidades imorais, você começa atrair pessoas com interesses melhores.
Os partidos atuais querem manter, obviamente o sistema atual. Veja o caso sobre a proibição da criação de novos partidos.
É um cenário muito complexo e interesses, que contem muito mais componentes do que se imagina.
Concordo com você Rafael! O sistema partidário é um grave problema. O que o move é o interese pessoal e não politico. Ao trabalhar nas campanhas e participar da vida de um partido elas estão interesadas nos cargos em comisão. O que move o sistema político é o “toma lá dá cá”, vide a distribuição de ministérios entre os partidos para que esses possam preenche-los com seus aliados em cargos de comisão. Quanto mais rico o ministério maior a briga, por isso que os maiores aliados ganham os maiores ministérios. Acredito que acabar com os intereses seja o mais apropriado. Não deveria existir cargo em comisão, ou no mínimo, esses deveriam distribuidos por pessoas de dentro dos próprios ministérios. Claro que isso não cabe a altos cargos, como ministros e secretários. Todos os outros beneficios deveriam ser estudados e acredito que a maioria deveria ser revogado.
Bicho, já ia tuitar o ‘post’, até que lia as propostas. A gente vai ter muito o que conversar no ‘framps’. Mas o início do artigo é brilhante.
Tales, não sou tão politizado assim quanto sei de sistemas complexos. Acho que vou apanhar nessa conversa, mas discutiremos! Essa minha visão já tinha compartilhado contigo. Note que meus pontos são só palpites e exemplos de mudanças sistêmicas.
A parte brilhante a que me referi é política:
“O problema hoje é o que vai emergir. Hoje as demandas são heterogêneas e a inércia do Governo é explicada com isso. Se o foco TODO fosse Renan Calheiros, Mensaleiros, PEC37, Cura Gay, 20 centavos essas coisas já teriam caído. É benéfico para o governo a dispersão ideológica. Como exemplo, há quem se manifeste contra a corrupção e vaie a Dilma. Amigo, entenda uma coisa: o sistema governo é um Sistema Complexo. Acredite, a Dilma é vítima desse sistema. Pedir para Dilma para acabar com a corrupção é tão idiota quanto pedir para o botão da máquina de lavar para que ele tire as manchas das roupas. Se um dos propósitos do sistema hoje é gerar corrupção, você não se foca na corrupção em si, mas sim, no Sistema, nos elementos e relacionamentos que governam esse comportamento.
Digamos que o povo em um conjunto de manifestações que se estenda até 2014, acabem com a Copa, derrubem o Renan Calheiros, coloque os mensaleiros na cadeia, derrubem a PEC 37 e 33, consigam os 20 centavos, qual seria o benefício? Mesmo que nas eleições de 2014 haja uma limpeza histórica do Congresso e ninguém se reeleja, do que isso valeria? Essa “limpeza” já ocorreu na Prefeitura de São Paulo em 2000. Você acha que mudar os elementos do sistema mantendo-se as mesmas regras muda o propósito do sistema? Melhorou alguma coisa significativa a partir de 2000 em São Paulo? Acredito que não.”
Tirando a parte que diz que o governo quer dispersão ideológica, achei o resto excelente, absolutamente político, de um entendimento raro entre a maioria das pessoas que conheço.
Opa… fico contente!
Yoshi,
A estrutura do sistema é “Democracia Capitalista com monopolio da Emissão de Moeda nas maos de um Banco Central”.
Uma coisa que faz os sistemas complexos é a taxa de “interligação” entre suas partes. A internet e em cima dela as redes sociais mostram que mudam como se fosse gelo que vira liquido a forma como um milhão de pessoas se comporta.
No caso a coisa que é muito mais pervasiva que a rede é o dinheiro. O dinheiro é a substancia que interliga uma multidão de processos, pessoas e organizações. Quem controla o “WIP” do dinheiro (o nivel do estoque circulante), a sua criação e a sua destruição é quem controla o resto do sistema.
Se tiver que mexer no ponto de maior alavancagem no sistema eu mexeria em quem tem poder de criar dinheiro? em que condições? será que é necessario uma “autoridade central” para controlar isso? será que é necessario um monopolio de dinheiro, não poderia existir um livre mercado de dinheiro?
O governo não trabalha para o povo, ele trabalha para aqueles que detem o verdadeiro poder de collapsar uma economia da noite para o dia com simplesmente uma canetada, aqueles que tem o poder de tirar toda liquides do mercado em um feriado bancario de final de semana e remover presidentes.
Esse poder não pode ser centralizado, esse poder não pode estar na mão de poucos, hoje dinheiro não é mais um recibo de um deposito de um metal precioso, hoje dinheiro é confiança entre as pessoas que amanha poderei trocar um papel pintado com R$100 impresso nele por alguma coisa de valor que eu valorize.
Quando temos um Banco Central com o poder de aumentar ou diminuir a oferta de “dinheiro” ele pode influenciar no valor do dinheiro, e assim abusar da “confiança” que as pessoas depositam naquelas notas.
Este filme mostra bem o processo que estamos vivendo globalmente.
http://www.youtube.com/watch?v=O6ayb02bwp0
Rodrigo, parabéns pelo Post e parabéns para todos pelos comentários e discussão de alto nível. Assim como você, não sou politizado e não ouso chegar perto do seu conhecimento de Systems Thinking. Entretanto, gostaria de explorar o seu post e o alto nível das pessoas que passam por aqui, colocando o tema de Reforma Constitucional que começo a ouvir. Na opinião de vocês, e se feito da forma correta, uma Reforma Constitucional poderia mudar o sistema? Poderia nos dar uma esperança de um futuro melhor?
Mais uma vez parabéns pelo post.
Abraço.
Rafael, qualquer mudança que altere as regras do jogo, que engaje políticos para melhorar o Brasil, é bem vinda. Note que na minha opinião o sistema já mudou. Com o povo cobrando e se organizando, já é um sistema melhor que o anterior.
Mudou algo, mas como vc entende de sistemas complexos, o povo na rua é um elemento do sistema mas o propósito ainda não mudou. Eu sou da geração que foi na rua em 92 e lá tb nós achávamos que havíamos feito transformado o sistema. Não deu certo.
E eu tb lutei por 25 anos para o PT chegar no poder pq acreditava (e ainda acredito) em partidos como agremiação de ideiais para o meu país. De novo não deu certo.
Nós precisamos que deste momento saiam novos elementos, novos líderes, novas ideias forjando novo comportamentos, aí mudaremos o Sistema.
Caramba, Yoshima, simplesmente perfeito o seu texto.
Parabéns.
Acredito que a palavra débito não sinaliza o juros que é cobrado.
Acredito que a utilização da palavra dívida é mais adequada, para indicar a todos que é cobrado juros a medida que o tempo passa e esta dívida não é paga.